domingo, 21 de agosto de 2016

Poesia

Há minutos que tenho os olhos postos nas águas desta ribeira.
Na sua quietude, as folhas do salgueiro debruçado,
reflectem-se com tanta nitidez,
que as duas realidades se confundem.
Mas a realidade da imagem tem maior conteúdo de sonho,
é mais real portanto.

A imagem de uma nuvem vem adoçar o líquido.
Será a nuvem que espelha nas águas da ribeira
ou ribeira que se espelha nos flocos da nuvem?
Fecho os olhos da cara para fugir à mistificação da evidência.
 Gedeão, A.
in Poemas Escolhidos.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Na cosmética..

       As plantas desde a antiguidade, tiveram uma papel importante para a criação de preparações para embelezar o rosto ou o corpo. As suas utilizações também datam da antiguidade, as folhas de Lawsonia inermis (hera), pensa-se terem sido utilizadas pelos antigos faraós e Isatis  tintoria para colorir os corpos dos antigos bretões. Refere-se ainda, o uso das plantas enquanto agentes de limpeza tradicionais, nomeadamente as ricas em saponinas, um glicósido solúvel em água que existe em inúmeras plantas, e que cuja presença serviria para afastar predadores, menciona-se por exemplo, as folhas de Agave sp., Atriplex polycarpa, Saponaria officinalis, etc.
 
Fonte: Wikens, G.E., 2001. Economic Botany - Principles and Practices.  Springer Science, New York.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

A simbologia e as plantas

     Desde o início da civilização, as plantas fizeram parte das nossas vidas, para inúmeras aplicações e celebrações. As pessoas adquiriam flores para presentear familiares e amigos em épocas comemorativas, ou para ofertar os deuses e santas(os). A simbologia das plantas, é extensa e serve para representar virtudes, estações do ano, idades, famílias (brasões), etc. através da história, muitas plantas tornaram-se símbolos de regiões, países, movimentos políticos. A Ordem de Santiago, ordem militar religiosa, que conjugava a vocação e as capacidades da cavalaria com as virtudes e os preceitos monásticos, é de origem castelhana-leonesa instituída por Afonso VIII de Castela no séc. XII. Os cavaleiros de Santiago ou santiaguistas fizeram votos de pobreza e castidade, seguindo a regra de Santo Agostinho, podendo contudo contrair matrimónio.
Em Portugal, a ordem começou a atuar desde os primórdios do reinado de D. Afonso Henriques. Participaram em várias reconquistas, juntando-se aos cavaleiros templários e hospitaleiros na grande Batalha das Navas de Tolosa, atual Espanha, travada no séc. XIII contra o Califado de Almóada. O símbolo da ordem é uma planta, Iris sp. que termina em forma de espada. Esta espécie pertence à família Liliaceae, mais conhecida pela família dos lírios.
 
Fonte: Fernandes, I. C., 2015. Guerra e Paz - A Ordem de Santiago em Portugal. Edições Colibri, Lisboa.
De Carvalho, L. M. M., 2011. The Symbolic Uses of Plants, in Ethnobiology. (eds E. N. Anderson, D. Pearsall, E. Hunn, N. Turner), John Wiley & Sons, Inc., NJ, USA.
 

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

O começo..

Um espaço dedicado, às plantas, em especial ao papel que têm e tiveram ao longo da história..
Neste sentido, e sob a forma de pequenas curiosidades, pretendemos dar conhecer os diversos usos das mesmas, na medicina, gastronomia, perfumaria/cosmética, entre outras, em distintas culturas de diferentes épocas históricas..