quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

As Plantas e a arte

Árvore do Incenso
     A primeira obra sobre a simbologia das plantas no contexto religioso, "O Tratado das Significações das Plantas, Flores e Frutos", foi escrito no séc. XVII por Frei Isidoro de Barreira, membro da Ordem de Cristo. 
É nas obras de arte, literatura, que podemos encontram uma representação simbólica de plantas, em particular na arte sacra, que muitas vezes remete-nos para os versículos da bíblia. Existem, dezenas de plantas utilizadas em contextos simbólico na arte portuguesa, por exemplo, a açucena (anunciação, virginidade, pureza), amêndoa ( aprovação divina), árvore (sem folhas - morte; plena de folhas e frutos - vida), carvalho (atributo da Virgem Maria), feto ( graça, beleza e humildade), hera (morte, imortalidade, afeto), linho (retidão, pureza dos anjos, etc), narciso (egoísmo), rosa (atributo da Virgem Maria, martírio), paixão de Cristo (benção divina), trigo (corpo de Cristo), etc. 
Nas várias obras que representam "A Adoração dos Magos", conservadas em museus nacionais e em representações  mais comuns, em barro e gesso, apreciadas na época de Natal para recriar o nascimento de Cristo, é comum observar-se as oferendas dos Reis Magos de ouro, mirra e incenso, com o significado simbólico de realeza, mortalidade e divindade respetivamente. Duas das quais, oferendas provenientes de plantas, a mirra (Commiphora myrra) e incenso (Boswellia sacra).


Fonte: Carvalho, L. M. 2019. As Plantas e os Portugueses - Património, Tradição e Cultura. Lisboa.

Sem comentários:

Enviar um comentário